samedi 10 juillet 2010

Viagem a Tadoussac e Lac Saint-Jean

Bem Amigos por aqui faz calor.

Um calor quase infernal, faz tempo que nao víamos um calor tão grande como o dessa semana. É uma onda de calor que atingiu o leste dos EUA e do Canadá. Em francês chamamos de «canicule» . Quando a temperatura passa da sensação térmica de 40 graus celsius por mais de dois dias. Essa canicule durou cinco dias. Agora as temperaturas voltaram ao normal do verão : 26 a 28 graus e sensação térmica de 30 ou 31 graus. Suportável, principalmente pra quem vem do Nordeste do Brasil, pois não temos ar-condicionado aqui em casa, apenas dois ventiladores. Optamos por não comprar o ar condicionado, pois utilisamos o mesmo por no máximo dois meses do ano, e teríamos que ficar com o « mondrongo » aqui em casa pelo resto do ano. Quando tivermos nossa casa própria, colocaremos « split’s », que fica melhor instalado, mas isso é outra história.

Bem, o post é para contar sobre nossa viagem pelo Québec. Como já fazíamos no Brasil e sempre gostamos de viajar e conhecer novos lugares, aproveitamos o feriado do 1° de Julho – Dia Nacional do Canadá, para fazermos uma viagem pelo lado leste-norte da provincia. Os Quebequenses usam esse dia para fazerem sua mudança. A grande maioria dos contratos de aluguel aqui começam no dia 1° de julho. Como eles tem esse sentimento nacionalista, eles comemoram o 24 de junho, Dia Nacional do Québec, como já falei no post anterior. Então para não comemorarem o dia do Canadá (Feriado Federal), eles aproveitam para se mudarem. Como não íamos nos mudar aproveitamos para viajar e ainda « imprensar » a sexta-feira 02 de julho.


Saímos na quarta (30/06) lá pelas 17 horas e dormimos em Québec City (Ville du Québec), ela fica a uns 260 km de Montréal. Nossa viagem começou realmente somente no dia 01° de julho, porque a Ville du Québec, a capital da provincia, já conhecíamos, por isso, após o café da manhã partimos em direção ao leste e a primeira parada foi em Saint-Anne du Beaupré, onde tem uma basílica e é local de peregrinação católica.

Na verdade nós não conhecíamos nada do Québec após a Catarata de Montmorency, que fica bem próxima a Ville du Québec, e passamos a descobrir essa parte da província.


Depois de Saint-Anne du Beaupré, paramos em Baie St-Paul. Uma cidadezinha super charmosa na região de Chalervoix e bem turística, população simpática e calorosa. Baie St-Paul tem aproximadamente 7.000 habitantes. Pegamos a Route 138 que margeia o Rio São Lourenço, estrada menor, mas cheia de belas paisagens.



Almoçamos em Baie St-Paul num restaurante chamado Brasserie Charlevoix. Brasseries são pequenas cervejarias de fabricação própria e o Bistrô tinha um almoço delicioso, acertamos nos nossos pedidos e na escolha do local.




Depois saímos de Baie St-Paul e fomos pela Route do Fleuve  margeando o Rio e as montanhas até La Malbaie.


De lá fomos até Baie Saint-Catherine, onde pegamos a balsa para a travessia do Rio Saguenay para Tadoussac que fica na outra margem, no final da seta (flecha) vermelha do desenho acima. Baie Saint-Catherine é uma cidadezinha com aproximadamente 200 habitantes e Tadoussac tem aprox. 800 habitantes. São pequenas cidades turísticas. De ambas saem cruzeiros para a observação das baleias que procuram o estuário do Rio São Lourenço para reproduzir e se alimentar essa época do ano.


A temporada vai de Julho (verão) até Outubro (outono), mas o melhhor mês é setembro.

Em Tadoussac jantamos no Café Boheme, um bom Bistrô de cozinha italiana, ótimo atendimento também. Comemos tão bem e muito que esquecemos de tirar fotos no restaurante.


Tadoussac

No outro dia, sexta (02/07), o dia começou um pouco frio (13°C), mas com sol e as 11h00 estava em torno de 18°C/20°C. Fomos ao passeio para vermos as baleias no estuário do Rio São Lourenço. São várias espécies de baleias e da mesma forma várias empresas exploram o serviço turístico. Optamos pela AML Croisières, não só pelo desconto que conseguimos, mas também pela proximidade do local de venda em relação ao nosso hotel e pela publicidade que essa empresa faz (ela é bem conhecida em Montréal, e pareceu ser uma empresa séria). Depois descobrimos que no próprio hotel vc pode comprar o passeio para ver as baleias e as empresas em geral são bem parecidas, fazem a mesma coisa e cobram geralmente o mesmo preço. Você pode escolher qual o tipo de passeio : barco grande, barco pequeno (Zodiac- é um pequeno barco inflável que pode se aproximar mais das baleias) ou caiaque.
Saímos do porto de Tadoussac em direção à Baie Saint-Catherine para pegarmos outros passageiros e fomos para o meio do estuário. Logo quando saímos vimos as primeiras « belugas », são pequenas baleias brancas que chegam mais próximo da costa, depois vimos as Orcas. A área que visitamos é um parque marinho monitorado pelo governo canadense, e dentro do valor do passeio está uma parte que é a « entrada » para o parque marinho. Neste local, em Tadoussac e Baie Saint-Catherine o Rio Saguenay despeja no Rio São Lourenço. Lá o Rio São Lourenço é de água salgada, pois é seu estuário e o mesmo é praticamente o Oceano, tanto que os naturalistas chamam de mar, com águas claras e o Rio Saguenay que despeja nele tem águas mais escuras e vc pode ver bem a correnteza de um entrando no outro e a diferença das cores das águas.


O passeio valeu muito a pena. São três horas de passeio e após as baleias entramos no início do Fiorde do Saguenay, altas montanhas que terminam na borda do Rio, cobertas de florestas de coníferas e pinheiros.






Saímos de Tadoussac em direção ao centro para a região do Lago Saint-Jean e seguindo a rota do Rio Saguenay saindo de sua foz até o lago onde o mesmo se forma.


Estrada super agradável com vários lagos no meio das montanhas. Paramos em Saint-Rose du Nord, pequena cidade « pitoresca » (é assim que está escrito na placa de entrada da cidade) e super agradável, à beira do rio e no meio dos fiordes. Lanchamos, apreciamos a paisagem e voltamos a estrada em direção a Chicoutimi.


Saint-Rose du Nord


Em comparação as demais cidades que visitamos, Chicoutimi e a municipalidade de Saguenay são cidades grandes, juntando os arrondissements (são como grandes bairros) de Chicoutimi, Jonquiere e La Baie, a cidade tem quase 100.000 habitantes, o que para as proporçoes da região formam uma grande cidade, com prédios mais altos, bancos e sedes de televisão com programação local. Mas preferimos nos hospedar em Saint-Félicien sur-le-lac, uma pequena cidade a borda do lago Saint-Jean, e onde fica o Zoo Sauvage Saint-Félicien pensem num passeio legal.



No Sábado (03/07) fomos ao Zoo, a passeio dura em torno de 4 ou 5 horas pra vc ver tudo, e tem um trenzinho bem legal que dura em torno de 1 hora, onde vc vai dentro da grade do trem por dentro da floresta para observar os animais que vivem soltos por lá. Foi onde vimos os ursos pretos livres e soltos. No Zoo tem ursos polares, mas dentro de uma área cercada, assim como tigres, lobos e diversos animais da região e de outras regioes do norte do planeta, como a Ásia e do norte da Europa. Vale a pena, principalmente para quem tem crianças, que podem entrar em contato com o meio-ambiente e os animais. Tem uma fazendinha lá para as crianças verem e brincarem, com pequenos animais (cabras, ovelhas, galinhas, coelhos, etc.).





Em Saint-Félicien, também visitamos uma pequena fabrica de queijo, uma fromagerie familiar, que fabricam bons queijos. O Cheddar daqui não se compara com nenhum outro e é exportado para a Europa. Nem pensem naquele queijo super amarelo, quase laranja, que vem nos sanduiches do McDonalds. Comemos um Cheddar fresco (Cheddar Frais) parecido com o queijo coalho daí e que fritamos em casa e fica bem parecido. Em Saint-Prime conhecemos o museu do Chedar e visitamos a formagerie Perron, muito famosa com queijos premiados e que exporta 80% de sua produção para a Inglaterra.


No Domingo passamos logo pela manhã no museu do Cheddar e depois fomos para Val-Jalbert , uma cidade considerada fantasma, porque a cidade foi desenvolvida e criada a partir de uma usina de papel que funcionou nos início do século XX, depois que a usina fechou, como as casas e tudo o mais pertenciam a usina, as pessoas tiveram que deixá-las e se mudaram, abandonando tudo (lembrei muito do que aconteceu com algumas Usinas em Pernambuco. Os empregados não pagavam pela casa e pagavam algo em torno de Can$ 4,00 pela energia). Depois, nos anos 80/90, aproveitaram as casas e o local para o turismo e para visitação pública, criando uma espécie de parque com estrutura turística e com figurantes, onde vc pode ver como a vida se passava numa pequena cidade do Québec entre os anos 20 e 30 do século passado. Bem legal. Almoçamos por lá e depois retornamos à Montréal(Laval), 450 km de distancia.




Valeu muito a pena e gostamos muito de conhecer um pouco mais da Provincia do Québec, sua gente, seus costumes, suas tradiçoes e seus valores.

Grande Abraço a todos e depois mandamos mais noticias.


Rosendo e Dulce.

2 commentaires:

  1. Oi Guga e Rô,que saudade da nossa viagem. Foi tudo de bom!!! Foram poucos dias, mas que valeram a pena, pois nos divertimos muito, degustamos deliciosos pratos e o melhor, ficamos juntos. Valeu!!! Bjs e amo voces, Mama

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