mardi 28 juillet 2009

Desapego Material

par Maria Dulce
Desapego material .... .... .... ....

Excluindo a parte da família e amigos, a grande dificuldade em fazer uma grande mudança de vida é o desapego material.

Ao longo de nossa vida vamos comprando, ganhando, herdando coisas que vão fazendo parte de nossa casa e nossa vida. Depois casamos ou nos mudamos e lá vamos nós levando todas as nossas coisas conosco. A casa vai ficando com nossa cara, e temos coisas que nunca usamos, mas que julgamos serem essenciais, porque são nossas.

Acho que o sentimento de posse nasce com a gente. E quanto mais cultivado é tal sentimento, mais sofremos para nos adaptar a mudanças e/ou nos desfazer de relacionamentos e objetos.

Resolvi falar de desapego material, pois vi isso muito presente na minha (nossa) vida no dia 18 de julho. Há um tempo estamos pensando o que fazer com as coisas da nossa casa: dar ? vender ? deixar no apartamento ? São muitas perguntas e poucas respostas....

Sabemos que levaremos muito pouco do que temos aqui no Brasil. Primeiro porque não vale a pena fazer uma grande mudança, e depois porque não sabemos sequer onde e como vamos morar, como sairemos daqui cheios de móveis e outros objetos de casa?

Decidimos levar poucas coisas: roupas, sapatos, algumas coisas pessoais, incluindo os documentos; uns poucos objetos de decoração, alguns livros e só. O resto ficará. Começaremos uma vida nova e isso inclui objetos novos, casa nova, etc.

Se temos uma oportunidade de recomeçar nossa vida, ver o que temos e não utilizamos, nos livrar de quinquilharias, não podemos desperdiçá-la.

Pois bem, dia 16 de julho, em um excelente almoço na casa dos nossos amigos Rafa e Márcio, descobrimos que Rafa estava “carente” de um sofá, uma vez que todos que ela tinha visto eram caros, e eles elegeram outras prioridades para o novo apartamento.

Então pensei: porque não vender o sofá? Será que ainda é muito cedo, afinal nossa viagem está prevista para janeiro de 2010? A resposta foi NÃO ! Não é muito cedo, e se podemos nos desfazer de algo que não vamos levar, porque não adiantar o que será inevitável daqui a pouco mais de quatro meses.

Depois de algumas propostas e discussões sobre preço e condições, decidimos que nosso sofá, seria agora o sofá da família de Rafa e Márcio. No sábado dia 18 de julho, Rafa e Márcio vieram buscar não só o sofá mais as duas cadeirinhas de apoio da sala.

Ao invés de ficarmos tristes ou achando tudo vazio, resolvemos fazer uma sala provisória nova. Tiramos o sofá (pequeno) da sala de TV e a cadeira do papai e colocamos na sala (estar), trouxemos a TV para um móvel novo, e em 15 minutos, tudo estava novo e lindo.

E é nessa hora que você vê que o apego é maior ou menor dependendo de como as coisas são encaradas.

Diferente do que pensávamos, não ficamos tristes, ao contrário, ficamos felizes de ver que podemos dar um bom destino as coisas que compramos ou ganhamos com esforço e amor.

Decidimos que vamos organizar um bazar para vender alguns objetos, outros serão doados, e outros levados. Que bom que todos serão bem aproveitados e farão parte da vida de outras pessoas, como sempre fizeram da nossa !!!

vendredi 24 juillet 2009

Decisão de Imigrar

por Maria Dulce

Antes de entrar no mérito da questão, e como boa advogada, vamos às preliminares. Tem palavra com mais cara de advogado do que “preliminarmente” ? Duvido !!! Pois bem, de inicio quero dizer que temos nos deparado com duas reações diferentes das pessoas que estão sabendo que vamos viajar. A primeira é aquela pessoa que diz (falando ou não) que estamos loucos de largar tudo aqui. A segunda é aquela que abre um sorriso e diz que a notícia é ótima, geralmente complementando que se pudesse também iria. Sabíamos que ia ser assim, por isso nos preparamos e pensamos bastante antes de tomarmos nossa decisão.

Vamos ao que importa. Para os que não sabem, somos casados há 06 anos, somos advogados aqui em Recife e temos uma vida feliz e confortável. Ao longo do tempo fomos firmando nosso nome no mercado. Temos nossas famílias e um grupo grande e querido de amigos. Então de onde veio essa idéia de imigrar?
Vista do Recife



Em maio de 2007 fomos visitar nossos irmãos (Irene e Anderson) que tinham acabado de imigrar para o Canadá. Ficamos um mês de férias, tempo suficiente para se encantar com as cidades que conhecemos (Montréal, Toronto, Gatineau, Ville de Quebec, Ottawa e Niagara Falls) e com o modo de vida canadense. Quando retornamos ao Brasil, Rosendo ventilou a possibilidade de darmos entrada no processo de imigração também, como não me senti segura, decidimos esquecer essa idéia.



Vista de Montréal
Em 2008 fomos novamente para o Canadá, dessa vez com mais um casal de amigos (Dudu e Ana Laura), decidimos alugar um flat e viver a rotina de quem mora em Montreal. Fizemos compras, dividimos as tarefas de casa, estudamos, pegamos metrô, tudo como um residente, e não um turista. Além disso, os meninos (Irene e Anderson) estavam mais estabilizados, com um pouco mais de tempo livre para podermos nos divertir e conhecer novos e lindos lugares.


Durante todo esse mês, mesmo sem externar nada, comecei a refletir sobre a vida no Canadá. A segurança, as casas, a preocupação com o meio ambiente, o grande número de parques no meio da cidade, o mercado de trabalho, tudo isso me atraia demais, mas a possibilidade de criar meus filhos com a mesma liberdade que tive, era o que mais pesava. Além disso, não posso negar que a saudade da minha irmã também teve um grande peso. De contra-peso, tinha minha família, meus amigos, meu trabalho que amo, minha vida fincada aqui em Recife.

Quando voltamos dessas férias, decidi conversar com Rosendo. Pensei muito e ponderei sobre tudo que escrevi acima, antes de tomar essa atitude, primeiro porque não queria gerar uma falsa expectativa e depois desistir. Sempre soube da vontade de Rosendo de morar fora, então não era justo plantar a semente, se não ia querer a arvore.

Conversamos bastante, estudamos todas as possibilidades e decidimos: vamos tentar o processo! Rosendo já estudava francês desde 2006 e eu de 2008 (mas confesso que minhas aulas só passaram a ter graça depois do Canadá).


E assim, se concretizou nosso plano de imigração. Agora falta pouco para terminar o processo e já começamos a fase de desapego material, mas isso é assunto para uma nova postagem....

Confesso ainda que tomar essa decisão não foi fácil. Todos sabem da minha proximidade com minha família e com meus amigos. Tem ainda meu sonho de ser mãe que tive que adiar um pouco mais. Tem ainda nosso “plug” interno que cria um pânico para mudanças na nossa vida, principalmente nessas proporções.

A decisão foi tomada com muito amor, união, dedicação e Fé, por isso TENHO CERTEZA que dará tudo certo. Mudaremos de vida e iremos de coração aberto para essa nova etapa. Estamos cientes das dificuldades e de que teremos que estudar e trabalhar bastante em terras geladas. Os amigos e familiares como sempre estarão conosco, distante fisicamente, mas perto da alma e do coração.

Maria Dulce

Bandeira do Québec

lundi 20 juillet 2009

Cirque du Soleil

Cirque du Soleil à Recife

Le Grand Chapiteau à Recife - Parque Memorial Arcoverde

Neste último final de semana fomos ao "Cirque du Soleil" aqui em Recife.
Já conhecíamos o "Cirque" quando fomos a Montréal, no verão (canadense) de 2007 e apresentamos o mesmo aos nossos "irmãos-cunhados" que lá habitam. Em 2007 assistimos ao espetáculo "KOOZA", que estreiou naquele ano em Montréal.

Aqui em Recife, assistimos ao espetáculo QUIDAM (que está em turnê pelo Brasil até 2010). A estrutura do "Cirque du Soleil" é praticamente a mesma, no mesmo estilo que encontramos em Montréal. A grande tenda, onde é apresentada o espetáculo, não muito grande e com os assentos disponibilizados de uma forma que todos possam assistir bem o espetáculo, mesmo os ingressos mais baratos. Na entrada a lojinha com os produtos da marca "cirque du soleil" e os locais de venda de pipocas, chocolates e refrigerantes, bem idêntico ao que vimos em Montréal.


A diferença aqui é em relação ao preço do ingresso, particularmente achei caro (mesmo pagando em Can$ dolar no Canadá), apesar do espetáculo valer cada centavo pago. Mas ao contrário dos demais lugares do mundo, aqui em Recife a produtora valorizou quem deixou pra comprar de última hora, com uma "promoção" que deixa chateado qualquer um que se programou e comprou o ingresso antecipadamente - mais caros evidentemente.

Dulce em frente ao "Grand Chapiteau" à Recife

A outra diferença é o público. O recifense com o mau hábito de não chegar na hora marcada aos espetáculos, que começou no horário programado (no nosso caso 17:ooh), mas um monte de gente entrou depois, mesmo com a produção somente permitindo a entrada em alguns momentos de troca de cena ou de artistas, mas que atrapalha quem já está acomodado atrapalha.
A outra é a falta de educação das pessoas em relação às fotografias. Tanto se informou e se pediu para que não tirassem fotos, bem como as mesmas são proibidas dentro da tenda do espetáculo, mas o público não respeitou mesmo. No final, parecia um carnaval de "flashs" onde todos tiraram fotos dos artistas que estavam se despedindo do público.
Mas ao final valeu sim a pena, uma vez que evento como este em Recife é bastante escasso e o público se ressente sim de bons espetáculos.
Abraços.
Rosendo Neto.

mardi 14 juillet 2009

A Escolhida

Esta é a cidade que escolhemos para iniciar uma nova etapa de nossa união.



Montréal, Québec.


A primeira foto apresenta o "centre ville", ou seja a parte central de Montréal com os edifícios comerciais e financeiros.














A segunda foto, mostra ao fundo o Mont Royal (que deu origem ao nome da cidade) vista do "Parc Jean Drapeau" e a vista do "Vieux Port et l'horloge", a parte antiga da cidade.